Uma adolescente de 14 anos morreu, na madrugada de segunda-feira, na sequência de um acidente na A4, em Valongo. Ana Isabel Sousa, filha de emigrantes, voltava ao Marco de Canaveses, depois de ver o concerto dos Tokio Hotel, em Lisboa.
Na origem do acidente poderá ter estado o cansaço do condutor. A partida para Lisboa tinha ocorrido na madrugada de sábado e o regresso foi feito após o concerto, anteontem à noite. Muitos quilómetros em pouco tempo.
O sonho de ver os ídolos Tokio Hotel ao vivo acabou em tragédia. A jovem regressava ao Marco de Canaveses depois de, na companhia de uma família amiga, ter ido ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, assistir ao concerto da banda alemã. Para não perder o espectáculo, a adolescente tinha-se mesmo antecipado aos pais, vindo de férias para Portugal mais cedo. "Ela estava ansiosa por vir para cá para ir ver os Tokio Hotel ao vivo", disse a prima Cármen Pereira.
O acidente ocorreu, cerca das 4.16 horas, ao quilómetro 16 da A4, sentido Porto-Amarante, no final da subida após o viaduto de Valongo, numa zona com três faixas de rodagem. O carro entrou em despiste, saiu de estrada, pelo caminho derrubou um eucalipto de pequeno porte e imobilizou-se ao fundo de um declive com cerca de cinco metros de profundidade, a 15 metros da faixa de rodagem.
Além da vítima mortal, o acidente causou quatro feridos, dois deles em estado grave, que foram assistidos pelos Bombeiros Voluntários de Valongo, de Ermesinde e pelo INEM. António Vidal Pinto Babo, 53 anos, e Manuela Loureiro Babo, de 43 anos, foram submetidos a microcirurgias, tendo ficado internados no Hospital de S. João, no Porto. Segundo apurámos, apesar do seu estado inspirar cuidados, não corriam risco de vida. Os filhos do casal - Vera Loureiro Babo, 14 anos, e Ruben Loureiro - tiveram alta ainda durante a tarde de ontem.
Quanto a Ana Isabel, foi impossível ultrapassar a paragem cardio-respiratória, explicou, ao JN, César Vidal, adjunto do comando dos Voluntários de Valongo. O bombeiro desconhece se o corpo foi cuspido da viatura ou se alguém já o tinha retirado. "Estava fora do veículo, prostrado no chão", explicou.
No Marco de Canaveses, a notícia da morte de Ana Isabel deixou desorientados tios e primos da jovem.
"Não sabemos de que forma vamos dar uma notícia destas por telefone", desabafou, amargurada, Maria Rosa Soares, tia de Ana Isabel. Os pais da jovem, emigrantes em França, ao início da tarde de ontem continuavam sem saber o que se tinha passado.
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